Terça-feira, 12 de Setembro de 2006

Afinal era tão fácil...


Há tempos, andava em pesquisas pela net quando encontrei um artigo muito interessante sobre a fome no mundo. Infelizmente o meu computador foi atacado por um vírus e perdi muitas das coisas que tinha guardado, entre elas o link da tal notícia.

Mas no essencial, o artigo dizia o seguinte:

As colheitas de cereais usados para alimentar o gado que os habitantes dos Estados Unidos consomem num ano dava para acabar com a fome em África.




É de loucos, não é?... E dá que pensar.

Comentários e opiniões, agradecem-se.


publicado por animaleja às 19:49
| comentar
20 comentários:
De Guilherme Carreiro a 4 de Novembro de 2006 às 21:40
Assim é de facto.


De tron a 3 de Outubro de 2006 às 20:27
Agora me portugal querem qeuimar lixos industriais e fechar hospitais


De segundavida a 2 de Outubro de 2006 às 16:51
Acredito plenamente nesta notícia.Para muitos é mais importante contemplar os milhares de bois e vacas a pastar nos prados dos grandes ranchos, do que os milhares de ser humanos que morrem à fome em Africa.


De animaleja a 20 de Setembro de 2006 às 19:44
Olá Marius. Grande é o teu comentário, infelizmente é como tu dizes, tão grande como a fome que vai no mundo. Assim como grande é a falta de vontade dos países ricos em acabar com este triste flagelo muito mais próprio da idade média que do século XXI. Fica bem.


De marius70 a 20 de Setembro de 2006 às 18:00


Segundo os dados da FAO (Food and Agriculture Organization), o número de pobres não pára de crescer e já chega a 307 milhões de pessoas no mundo.

Calcula-se que 815 milhões, em todo o mundo sejam vítimas crónica ou grave subnutrição, a maior parte das quais são mulheres e crianças dos países em vias de desenvolvimento.

O flagelo da fome atinge 777 milhões de pessoas nos países em desenvolvimento, 27 milhões nos países em transição (na ex-União Soviética) e 11 milhões nos países desenvolvidos.

A subnutrição crónica, quando não conduz apenas à morte física, mas implica frequentemente uma mutilação grave, nomeadamente a falta de desenvolvimento das células cerebrais nos bebés, e cegueira por falta de vitamina A. Todos os anos, dezenas de milhões de mães gravemente subnutridas dão à luz dezenas de milhões de bebés igualmente ameaçados.

África

Devastada por secas e cheias, mas sobretudo por guerras civis (entre 30 e 40 no final do século XX), todo o continente africano parece ter mergulhado no abismo. Terminados os conflitos o terror não termina nas zonas rurais, onde a presença de minas e de munições não explodidas constitui uma ameaça permanente à reconstrução das comunidades rurais.

Etiópia (quem não se lembra das imagens arrepiantes das crianças e mães deste país?), Eritréia, Somália, Sudão, Quénia, Uganda e Djibuti a fome que há muito mata nestes países milhões de africanos, já deixou de ser notícia na imprensa internacional. Entre as principais causas desta mortandade está a seca, as guerras e a permanente instabilidade política e religiosa na região.

Zâmbia, cerca de quatro milhões de pessoas (numa população de dez milhões) foi afectada pela seca que destrui, este ano, parte das suas colheitas. A situação está a tornar-se rapidamente catastrófica.

Na África austral, existem presentemente 10 milhões de mulheres, homens e crianças a conhecer formas extremas do flagelo da fome. Malawi, Zimbabwe, Lesotho e a Swazilândia são alguns dos países mais afectados. Malawi, enfrenta seca e a pior fome nos últimos 50 anos. Segundo o governo, 70% da população de 11 milhões passa fome.

Em Moçambique e Angola (apesar de ter terminado a guerra), a situação é reconhecidamente trágica.

As perspectivas de desenvolvimento para este continente são pouco animadoras. Na África sub-sahariana, o número de pobres pode aumentar de 315 milhões em 1999 para 404 milhões em 2015, afectando perto de metade da população da região.

América Latina

54 milhões de pessoas passam fome na América Latina e Caraíbas.
Na América do Sul registou-se uma redução do número de pessoas subnutridas, que passou de 42 milhões para 33 milhões, mas na América Central houve um aumento de 17 a 19% e nas Caraíbas de 26 a 28%.

As crises económicas na Argentina e Brasil fizeram regredir vastas regiões, alastrando a fome.

211 milhões de latino-americanos e caribenhos vivem abaixo da linha de pobreza, com um aumento de 11 milhões desde 1990.

As perspectivas futuras continuam a ser pouco risonhas para toda a América Latina. Os efeitos da globalização far-se-ão sentir por muito tempo, nomeadamente através de continuas crises económicas. As suas frágeis economias estão hoje à mercê das empresas dos países mais ricos.

Ásia

A situação é particularmente dramática no Afeganistão, onde cinco a dez milhões de pessoas estão ameaçadas de fome, mas também muito grave na Coreia do Norte, Mongólia, Arménia, Geórgia e Tajiquistão, etc.

Médio Oriente

No Médio Oriente as projecções do Banco Mundial são também pouco animadoras para esta região, a situação é dramática na Palestina e no Iraque. O número de pobres irá disparar, estimulando o crescimento de conflitos sociais.

A intervenção dos EUA no Iraque (Abril de 2003), para além das vítimas que já produziu, agravou ainda mais esta tragédia.

O esbanjamento de recursos nos países mais ricos está a conduzir a humanidade para a sua própria extinção. Como refere Peter Singer, bastava que nestes países, se deixassem de alimentar os animais domésticos à base de cereais e de soja, e estes alimentos fossem distribuídos pelos necessitados, para se pôr fim à fome no mundo (vai de encontro ao tema aqui colocado pela animaleja).

O comentário é extenso? É sinal que também é extensa a fome no mundo. Se houvesse pouca fome bastaria um parágrafo...

... E vai assim o mundo rolando, até que um dia deixe de o fazer quando os pobres já não tiverem forças nem peso para ajudar na rotatividade da Terra.

http://marius70.no.sapo.pt/fome.jpg (http://marius70.no.sapo.pt/fome.jpg)


De animaleja a 17 de Setembro de 2006 às 17:06
Olá Soslayo. Agora falaste numa coisa que sempre me fez confusão... porque é que os pescadores quando protestam amandam todo o pescado ao mar?... Ainda tenho na memória um protesto que houve aqui há uns anos em Sesimbra e em que as lixeiras ficaram literalmente cheias de peixe-espada. Que desperdício!... Não quero com isto tirar a razão aos pescadores mas arranjem outras formas de protesto, dêem o peixe... Com tanta fominha que por aí anda é um pecado deitar fora. Para além de que mataram uma data de peixe em vão. O mesmo se aplica aos agricultores. Não querem os produtos, tudo bem, vão para a porta dos hipermercados e distribuam-nos plo pessoal. Boa semana.


De soslayo a 17 de Setembro de 2006 às 14:41
Delta, a solução da fome no mundo está na vontade de o Homem querer acabar com ela um dia! O mundo possui recursos para que todos o seres viventes tenham o mínimo e indispensável para uma vida condigna! Bastaria para além do que referiste no teu post, também deixar de deitar no alto mar os excessos de produção. Dessa forma, o homem impede que as cotações das mercadorias deitadas ao mar desçam na venda ao consumidor e assim vai o egoismo universal. Um beijo.


De Jorge G. a 16 de Setembro de 2006 às 05:00
Olá!
Muito bem animaleja, dizes muito bem o que dizes.
É preciso avisar.
Ainda há tanta gente que desconhece a realidade dos States!
O boneco Bush vende bem mas não mata a fome aos pobres!

Um grande abraço para ti, para a Delta cuja ausência nos comentários aos meus artigos já me preocupa e ao Dojaya.

Espero por ti nos meus mundos. Nunca tive o prazer de receber uma visita tua e ela saber-me-ia bem.

A Delta está bem?


De tron a 15 de Setembro de 2006 às 19:49
As notícias de hoje mostraram como alguns seres humanos são duma raça inferior a humana graças aos seus actos bárbaros contra as suas proprias crias ou com as crias de outros.
Passa no meu recanto e ja entendes


De Nylda a 15 de Setembro de 2006 às 10:58
Olá...
É realmente de loucos e muito triste, mas infelizmente é a realidado do mundo em que vivemos.
Bom fim de semana.
Beijos e um sorriso.


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